
O amor só existe nos confins da palavra.
A bússola para o amor é o desejo.
Desejo esse que é difícil de bancar.
O ser humano inventa o amor para esquecer que ele é incompleto.
Portanto, amar é para os fortes.
A palavra escapa, faz nó, sutura e evoca. Nenhuma palavra abarca.
A linguagem faz ecos e ressonâncias em nós. É preciso ter olhos para ver que a vida transborda palavras, e nem tudo cabe nas gavetas do ser inconsciente: faltam palavras.
Tudo isso exige suportar a (im)possibilidade da escrita.
Seus pedaços ditos e não-ditos.
Não há garantias… mas há contorno!
Escrever convoca à arte de perder.
Perder? Sim.
Ou me salvar.